Quando comecei a acordar – olhos ainda fechados, mas sentidos despertos –, senti de imediato que não estava num lugar nem quente, nem frio. Nem aconchegante, nem desagradável.
Então abri os olhos e me vi na penumbra: não havia luz o bastante para enxergar claramente, mas não estava mergulhado em trevas. Vi vultos e ouvi vozes conversando umas com as outras. Tão logo me movimentei, porém, dois deles se aproximaram e me estenderam a mão, apresentando-se. Não os conhecia; disse meu nome, e meu nome lhes era igualmente insignificante. Chamaram-me para me juntar aos demais; aceitei, ainda desconcertado com seus sorrisos e suas animadas disposições.
Não foi assim que imaginei ser o inferno.
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